CURIOSIDADE NA NET - Mineração de bitcoin está derretendo lago glacial de 12 mil anos

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Uma indústria de mineração de bitcoin operada pela Greenidge Generation, no estado de Nova York, está poluindo o ar e aquecendo o Lago Seneca, de acordo com denúncia de moradores locais. "O lago é tão quente que você parece estar em uma banheira de hidromassagem", disse uma moradora local à reportagem da NBC News.


O corpo d'água é o maior dos lagos glaciais que existem há 12 mil anos e compõe o Finger Lakes, uma região importante de preservação ambiental e turismo nos EUA. Os lagos possuem água de alta qualidade e abrigam uma população considerável de trutas arco-íris, espécie altamente sensível às flutuações da temperatura.


A Greenidge tem permissão para despejar 135 milhões de galões de água por dia no Lago Keuka, com temperaturas máximas de 42 °C no verão e 30 °C no inverno. Essa água eventualmente chega ao Lago Seneca, que pode ter temperaturas tropicais em sua superfície e ocasionar a proliferação de algas nocivas.


Mineração de bitcoin

A mineração é um dos processos realizados para a criação novos bitcoins. A atividade requer uma quantidade enorme de eletricidade para realizar milhares de verificações de transações da moeda virtual, que são remuneradas com pequenas recompensas.


Para obter maior lucro nas transações, os empresários procuram utilizar a energia mais barata possível e, muitas vezes, não se preocupam com a questão ambiental.


Desde 2019, a Greenidge utiliza uma usina movida a gás que gera eletricidade para sua fábrica. A planta industrial tem 8 mil computadores de alto desempenho trabalhando 24 horas por dia, por 7 dias da semana.


Emissão de CO2

Um documento obtido pela Earth Justice, uma defensora do meio ambiente sem fins lucrativos, mostra que as emissões da planta dispararam desde que a Greenidge começou a usá-la para abastecer as operações de mineração de bitcoin.


No final de 2020, as emissões de dióxido de carbono equivalente da planta totalizaram 243 mil toneladas, ante 28 mil toneladas em janeiro, afirma o documento.


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